Skip to main content

 

A grande mídia tem dado destaque aos boletins e às declarações dos representantes do governo federal quanto a retomada do crescimento, porém os números ainda são incipientes e alguns até mesmo questionáveis. Como se trata de um ano pré-eleitoral, as disputas políticas entre governo e oposições têm sido determinantes para a instabilidade dos números ora positivos ora negativos. Uma coisa fica evidente, é que as próprias empresas estão buscando alternativas para melhorar seus resultados.

As reformas prometidas pelo governo de Michel Temer têm sido tímidas e algumas nem se efetivarão mesmo em 2018 e isso tem contribuído para alimentar o jogo político.

Em seu boletim de 20/11/2017 o Banco Central divulgou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,73% para 2017 e crescimento de 2,51% para 2018, além do IPCA de 3,09% para o ano corrente e 4,03% para o ano seguinte, apontando para a melhoria do cenário econômico.

A taxa de desemprego do terceiro trimestre de 2017 chegou a 12,4%, a menor do ano segundo o IBGE. O mercado está se movimentando, mas o ponto desfavorável é o crescimento do trabalho informal.

As expectativas das 64 empresas que participaram da PTGP 2018 estão alinhadas com a previsão do BC. A maioria (76%) das empresas deve fechar o ano de 2017 com resultados dentro do previsto e grande parte delas prevê ampliação (74%) ou manutenção (24%) dos níveis de negócios para 2018. Já o quadro de lotação de colaboradores, que foi reduzido consideravelmente desde 2016, deve ser mantido no mesmo nível para 2018 em 68% das empresas.

O principal motivo de contratação de profissionais em 2017 foi reposição de vagas (65%) em razão de demissões por baixo desempenho (42%). Dentre os pedidos de demissão, chama a atenção o motivo de mudança de país / cidade (11%), que aumentou 4 p.p. em comparação com a última edição da pesquisa, refletindo a dificuldade de recolocação no mercado brasileiro por parte dos profissionais.

A reforma trabalhista, que entrou em vigor em 11/11/2017, deverá impactar novas contratações para 30% das empresas. As principais mudanças que deverão ocorrer são contratação de terceiros, trabalho intermitente, projeto por tempo determinado e criação de novas modalidades.

Por outro lado, a prática de trabalho home office, tratada na reforma trabalhista, é estimulada por apenas 17% das empresas e 29% pretendem implantar no futuro próximo. Esses percentuais devem aumentar nos próximos anos.

Em um ano movimentado em razão dos ajustes às novas regras da reforma trabalhista, do eSocial que entra em vigor em janeiro/2018, ocorrência de vários feriados  e possíveis emendas que poderão reduzir os dias considerados úteis em cerca de 18 datas – isso sem contar com as tradicionais paradas para acompanhar os jogos da Seleção Brasileira de Futebol na Copa da Rússia 2018, realização de eleição para Presidência, Governos Estaduais e Legislativo Federal e Estadual,   o desafio das áreas de recursos humanos será implementar a agenda com orçamento restrito, alinhando cada ação ou projeto de gestão de pessoas à estratégia do negócio e apresentando os resultados obtidos.

Como vemos, os desafios para os profissionais de recursos humanos continuam exigindo cada vez mais aprimoramento em suas competências, além de contínuo desenvolvimento de habilidades e ampliação de visão estratégica para negócios.

 

Fale conosco