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A transformação digital está mudando profunda e rapidamente a sociedade e os mercados de atuação das empresas, exigindo que o ambiente corporativo se modifique na mesma velocidade, transformando processos organizacionais, redesenhando serviços e criando estratégias tendo como ponto central a experiência do cliente.

Os novos modelos organizacionais incentivam o trabalho em equipe e promovem a forma colaborativa entre os diversos profissionais e as diferentes habilidades dentro das empresas. Nesse cenário, é preciso transformar a visão usual da remuneração como fator de custo para uma visão da remuneração como fator de aperfeiçoamento da organização, impulsionador de processos de melhorias e aumento de competitividade.

A remuneração estratégica é um catalisador para a convergência de energias na organização, que, alinhada ao contexto e à estratégia da empresa, constitui fator harmonizador de interesses, contribuindo na geração de consensos e alavancando resultados.

O sistema de remuneração estratégica é uma combinação equilibrada de diferentes formas de remuneração:

  • Remuneração funcional: bastante utilizada pelas empresas e conhecida como Plano de Cargos e Salários, determinada pela função (cargo) e alinhada ao mercado de comparação.
  • Remuneração por habilidades: as habilidades determinam a base da remuneração. Aplica-se geralmente ao nível operacional e preferencialmente em empresas que adotam estruturas baseadas em processos e grupos multifuncionais.
  • Remuneração por competências: diferente da remuneração por habilidades que é aplicada geralmente para o nível operacional, a remuneração por competências aplica-se aos demais níveis da organização. Utilizada por empresas que operam em ambientes muito competitivos e em que a capacidade de inovação é fator crítico de sucesso.
  • Benefícios: compreende os benefícios tradicionais e outras vantagens. A tendência é a flexibilização dos benefícios. Na forma mais tradicional, os benefícios variam de acordo com o nível hierárquico e na forma flexível os colaboradores escolhem o pacote que melhor atenda às suas necessidades e preferências, a partir das alternativas disponibilizadas.
  • Remuneração variável: vinculada a metas de desempenho dos indivíduos, das equipes e da organização. Inclui formas de remuneração variável a curto prazo, como comissões, participações nos lucros e nos resultados e bônus, bem como de longo prazo na forma de participação acionária.
  • Alternativas criativas: incluem prêmios, gratificações e outras formas especiais de reconhecimento, que têm sido utilizadas com grande frequência para construir um ambiente organizacional caracterizado pela convergência de esforços e energias, voltados para o atendimento dos objetivos estratégicos.

O estabelecimento dos princípios centrais de remuneração, alinhados com os objetivos estratégicos da empresa, focados nos comportamentos necessários para sua consecução e com a participação de vários grupos da organização, é essencial para a construção de um sistema consistente.

O sistema de remuneração estratégica vai além da gestão de salários e passa a ser parte do sistema gerencial da organização e, se bem balanceado, fonte autêntica de diferenciação e vantagem competitiva.

As mudanças atuais implicam a busca de flexibilidade e agilidade e o reconhecimento da diferença e da variedade. A alteração de um sistema de remuneração inicia-se pela construção de consenso de que é importante ampliar a gama de formas utilizadas, reconhecendo que essa variedade é consistente com as exigências do novo ambiente de negócios.

A remuneração estratégica caminha para tornar-se um imperativo para as organizações que desejam obter vantagem competitiva.

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